Nos últimos anos, cresceu o número de mulheres relatando sintomas associados à chamada doença do silicone, uma condição ainda pouco reconhecida pela medicina tradicional, mas com relatos reais de pacientes que apresentam dores, fadiga, inflamações e queda de cabelo após a colocação da prótese.
Embora o nome assuste, é importante entender que não se trata de uma doença oficialmente catalogada, e sim de um conjunto de sintomas que alguns médicos relacionam à presença do implante. A possível causa seria uma reação inflamatória do organismo — conhecida como Síndrome ASIA.
Neste artigo, a Dream Plastic esclarece, com responsabilidade médica e empatia, o que se sabe até agora sobre a doença do silicone, como ela se manifesta e o que fazer se você estiver enfrentando algo parecido.
- O que é a doença do silicone?
- O que causa a Síndrome Asia?
- Quais os sintomas da doença do silicone?
- Como fazer o diagnóstico da Síndrome Asia?
- A Síndrome de Asia por Silicone é um ERRO médico?
- Quais são os riscos da Síndrome de Asia?
- Síndrome Asia tem cura e tratamento?
- Como prevenir a Doença do Silicone?
O que é a Doença do Silicone?
A chamada doença do silicone refere-se a um conjunto de sintomas inespecíficos que algumas mulheres desenvolvem após a colocação de próteses mamárias. Embora não seja oficialmente reconhecida como uma doença autoimune, seus sinais vêm sendo associados à Síndrome ASIA, uma resposta inflamatória do corpo a materiais estranhos, como o silicone.

O organismo, ao entrar em contato com esse antígeno, cria uma reação imunológica, onde ele passa a atacar suas células saudáveis. Isso acarreta diversos problemas externos e até mesmo doenças, como vamos mostrar mais adiante.
O nome Síndrome de Ásia é uma sigla em inglês para o termo Síndrome Autoimune Induzida por Adjuvantes. Ela foi descrita inicialmente em 1998, porém só começou a ter maior visibilidade em 2011. Mas, por ser tão rara, não se tem estatísticas totais sobre sua incidência.
Síndrome Asia é uma alergia à prótese de silicone?
A prótese de silicone não causa alergia. O que o implante pode causar é uma reação imunológica de corpo estranho, que geralmente é a contratura e rejeição. A Síndrome Asia é um tipo de reação imunológica do corpo, e não tem relação com uma alergia à prótese de silicone. A diferença da contratura e da doença são as causas e os sintomas, que neste caso são mais intensos.
Veja aqui o que é contratura capsular!
O que causa a Síndrome Asia?
A causa da Síndrome Asia é genética. Após estudos, é possível concluir que apenas pacientes com genes HLA DRB1 e HLA DQB1 seriam capazes de desenvolver essa síndrome. Quando pacientes com esse código genético entram em contato com determinados componentes ou substâncias, o antígeno que estava com a predisposição de manifestar o problema começa a reagir, atacando o próprio organismo da pessoa.

Neste estudo é possível entender mais sobre a síndrome.
Estão entre os principais fatores que podem ativar a Síndrome, estão:
- Vacina contra HPV;
- Vacina contra Influenza H1N1;
- Mineral Oil (óleo mineral);
- Preenchimento com PMMA;
- Silicone;
- Hidrogel (um tipo de preenchedor usado em harmonização facial);
- Alumínio (presente nos shampoos, maquiagens, desodorantes e tintura de cabelo);
- Hormônios (esteroides anabolizantes).
É comum ver que vacinas contra HPV causam Síndrome Asia, pois possuem a substância escaleno em sua composição. E, ao entrar em contato com o organismo da paciente, essa substância pode desencadear uma reação imunológica no corpo.
No entanto, muitas mulheres acreditam que a Síndrome Asia é causada unicamente pela prótese. Tanto que algumas até chamam de “A Doença do Silicone”. Porém, não existe nenhum estudo comprovando que a enfermidade tem ligação direta com a prótese de silicone.
Quais os sintomas da doença do silicone?
Muitas pacientes com suspeita de Síndrome Asia relatam sentir diversos sintomas, como:
- Dores musculares;
- Cansaço;
- Perda de memória;
- Queda de cabelo;
- Calafrios;
- Indisposição;
- Boca seca;
- Febre.

Como você pode ver, esses sintomas da doença do silicone são inespecíficos e muito comuns em diversas outras doenças, como depressão e fibromialgia, o que dificulta a identificação da patologia.
E essa falta de diagnóstico preciso é um dos fatores que fazem muitas mulheres acreditarem que estão com a síndrome da prótese de silicone, mesmo sem apresentarem um diagnóstico médico.
O único que pode fazer um diagnóstico da síndrome de Asia por causa do implante é um profissional da saúde.
Se você estiver sentindo algum desses sintomas, procure um médico, assim ele poderá fazer uma análise completa do seu caso.
Como fazer o diagnóstico da doença do silicone?
Não há um exame específico para diagnosticar a doença do silicone. O diagnóstico é clínico e baseado na exclusão de outras condições médicas. É essencial passar por avaliação médica completa com profissionais especializados antes de considerar qualquer procedimento.

Confira quais são abaixo:
O diagnóstico da Síndrome ASIA é feito principalmente por exclusão, descartando outras causas comuns para os sintomas relatados. Também pode ser considerado quando há a combinação de dois critérios menores com um critério maior.
Vale lembrar que a presença de sintomas em pacientes com implantes não confirma automaticamente a síndrome. Para um diagnóstico mais preciso, pode ser necessário realizar biópsia do tecido afetado e análise genética para identificar predisposição.
Esses critérios ainda não são oficialmente reconhecidos pela comunidade científica internacional e podem evoluir conforme novos estudos forem publicados.
Lembre-se
O único que pode fazer um diagnóstico correto para uma doença como a Síndrome de Asia é o médico especialista.
Você não deve praticar o autodiagnóstico, mesmo comparando seus sintomas com relatos de outras pessoas ou por informações fornecidas na internet.
Importância do Diagnóstico Diferencial
Como mencionamos acima, a principal forma de se fazer o diagnóstico da Doença do implante de silicone é por EXCLUSÃO.
Devido ao fato dos sintomas serem genéricos e presentes em muitas patologias comuns, a confirmação é feita por meio da eliminação de todas as prováveis causas, como vacina, depressão e uso de preenchedores, para depois chegar na Síndrome Asia.
Depressão: Um diagnóstico diferencial importante!
Sim, é possível haver uma relação indireta entre a chamada doença do silicone e sintomas de depressão, embora não exista comprovação científica de que o silicone cause depressão de forma direta. Porém, os sintomas relatados em alguns casos — e o estresse físico e emocional envolvidos — podem contribuir para o surgimento ou agravamento de quadros depressivos.

Esses sintomas podem estar ligados a uma resposta inflamatória crônica do organismo, que afeta o sistema nervoso e o equilíbrio neuroquímico – um quadro comum em doenças autoimunes.
Todas as possibilidades já foram descartadas, e agora?
Uma vez que seu médico excluiu todas as outras causas e sobrou apenas a Síndrome Asia, o próximo passo é verificar qual foi o antígeno que causou a doença. Lembrando que não é porque a pessoa tem prótese de mama que a síndrome será causada pelo silicone.
É importante avaliar a relação temporal entre os sintomas e a colocação da prótese. Assim como em outras doenças autoimunes, os sinais da possível doença do silicone tendem a surgir pouco tempo após a introdução do implante ou após eventos imunológicos relevantes, como a vacinação. Em geral, é raro o organismo reagir a um antígeno que já está presente há anos.
Além disso, antes de relacionar os sintomas exclusivamente à prótese, é essencial descartar outras causas frequentes, como o uso de vacinas ou anabolizantes. Por exemplo, a paciente pode estar desenvolvendo sintomas da Síndrome ASIA desencadeados por uma vacinação recente, e não necessariamente pelo implante de silicone.
Esse tipo de análise cuidadosa evita decisões precipitadas e ajuda a identificar corretamente o que está causando os sintomas.
A Síndrome de Asia por Silicone é um ERRO médico?
Não! A Doença do Silicone não é culpa do médico, da prótese ou da paciente. Como é uma patologia genética, é impossível ter conhecimento dela até que se manifeste. Ou seja, não pode ser prevista ou evitada antecipadamente.

A Síndrome de Silicone é imprevisível para o médico!
Como não existem testes que possam ser usados em larga escala para verificar a existência da Síndrome do Silicone, torna-se difícil observar previamente se a pessoa tem os genes que desenvolvem a doença.
Por conta disso, é importante entender que tanto a prótese de silicone como o médico responsável pelo procedimento NÃO SÃO OS CAUSADORES da Síndrome Asia.
O corpo apenas está reagindo a uma substância estranha que entrou em contato com ele, seja um silicone, uma vacina ou preenchedores.
Mas afinal, a doença do silicone realmente existe?
A doença do silicone ainda não é reconhecida oficialmente como uma condição médica isolada pela comunidade científica internacional. O termo é usado para descrever um conjunto de sintomas inespecíficos — como fadiga, dores no corpo, alterações hormonais e inflamações — que algumas mulheres relatam após colocarem implantes mamários.

Esses sintomas são, em alguns casos, associados à Síndrome ASIA (Síndrome Autoimune/Inflamatória Induzida por Adjuvantes), uma hipótese médica que sugere que substâncias como o silicone podem estimular reações autoimunes em organismos predispostos.
Embora ainda não existam estudos conclusivos que comprovem essa relação de forma definitiva, a experiência clínica de alguns médicos e o relato consistente de pacientes levaram ao reconhecimento da importância de investigar os sintomas com responsabilidade, empatia e cautela.
Portanto, se você colocou ou pretende colocar prótese, não precisa ficar com medo de desenvolver a doença, pois ela é muito rara e depende unicamente do organismo de cada pessoa.
Inclusive, é importante que você busque informações de profissionais especialistas. Fale com uma de nossas consultoras por WhatsApp e esclareça suas dúvidas!
Quem tem doença autoimune pode colocar silicone nos seios?
Sim, mulheres com doenças autoimunes podem colocar silicone, mas o procedimento exige avaliação médica criteriosa. A decisão deve ser tomada com base no tipo da doença autoimune, na estabilidade do quadro clínico e na resposta do organismo aos tratamentos.
Em casos como lúpus, artrite reumatoide ou tireoidite de Hashimoto, por exemplo, é essencial que a doença esteja controlada e que o reumatologista esteja ciente da cirurgia. Isso porque o implante pode, em alguns organismos mais sensíveis, estimular reações inflamatórias — principalmente se houver predisposição à Síndrome ASIA.
Por isso, o acompanhamento com especialistas experientes é indispensável para garantir segurança e minimizar riscos, tanto no pré quanto no pós-operatório.
Quais são os riscos da Síndrome de Asia?
Quando não tratada a tempo, a Síndrome do silicone pode agravar os sintomas de cansaço, dores e febre, levando a paciente a algumas doenças imunológicas, como lúpus, esclerose múltipla e reumatismo.

Um estudo feito pelo médico Yehuda Shoenfeld, com 300 pacientes de Síndrome de Asia pelo mundo, determinou que esses sintomas foram apresentados em 8% dos casos de Doença do Silicone.
Síndrome Asia tem cura e tratamento?
Sim, a Síndrome Asia tem cura. São dois os tratamentos que podem ser feitos para eliminar a doença do implante de silicone, sendo o principal deles a retirada do antígeno do organismo da pessoa afetada. Caso a retirada não seja possível, é indicado a ozonioterapia.

O médico Shoenfeld, em entrevista à BBC Brasil, chegou a afirmar que essa não é uma doença terminal. O tratamento pode ser feito de duas formas:
1) O primeiro tratamento para a doença do silicone consiste em retirar o antígeno do organismo da pessoa. Com esse procedimento, se o antígeno retirado for realmente o motivo da Síndrome de Asia, os sintomas irão reduzir significativamente, eliminando dores e desconfortos da paciente em torno de 2 a 6 meses.
Caso a enfermidade tenha sido provocada pelo implante, ocorre a retirada dele para a melhora da paciente. Você pode ver como funciona o explante de silicone, aqui!
Porém, antes de retirar é preciso ter certeza que o silicone foi o causador da Síndrome Asia. Pois, se ele não for o responsável, mesmo após a retirada, a paciente continuará sentindo dores e desconfortos.
2) No entanto, quando não é possível tirar o antígeno do corpo, é feito, em alguns casos, a Ozonioterapia. Esse procedimento está em testes e ainda não foi aprovado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), portanto essa NÃO é uma recomendação que fazemos. Porém, você pode ver alguns médicos recomendando pelo Brasil.
Mas e a Garantia das Próteses?
Não são todos os fabricantes de próteses que trabalham com garantia. Porém, para os que oferecem essa segurança, é entregue um termo de garantia para a paciente assim que ela adquire a prótese. Nesse documento vem especificado o período da garantia – que pode ser diferente para cada fabricante – e os casos em que ocorre a cobertura, que são apenas dois:
- Contratura capsular: quando há rejeição da prótese;
- Ruptura: relacionado ao rompimento da prótese.

Isso não significa que a prótese não poderá ou deverá ser trocada nesse período de garantia. Porém, o termo assegura que, se dentro do prazo estabelecido pela fabricante, ocorrer algum dos dois casos, a empresa se compromete a dar outra prótese.
Todas essas garantias estão descritas de forma bem clara nos termos que a paciente recebe. Desse modo, ela pode consultar sempre que precisar.
É importante lembrar que a garantia, no entanto, não cobre a questão da Doença do Silicone.
Como prevenir a Doença do Silicone?
Não tem como prevenir a Síndrome Asia, visto que ela só se manifesta quando entra em contato com algum antígeno estranho. Portanto, a única forma de prevenir é se a paciente souber que já tem alguma doença autoimune.

Nesse caso, ela deve evitar substâncias estranhas como:
- Determinadas vacinas, o ideal é saber a composição antes de ser vacinada;
- Silicone;
- Preenchimento;
- Entre outros.
Existem alguns testes para identificar o tipo de gene de cada pessoa. No entanto, não são testes feitos de forma comercial, e sim para estudos e pesquisas.
Mas, se ainda assim tiver dúvidas, peça a opinião de um médico, e entenda melhor como funciona a síndrome do silicone. Quanto mais conhecimento você tiver sobre a cirurgia de mama, mais segura você fica da sua escolha!
Não perca mais tempo, para conversar com um profissional especializado e experiente, e tirar todas as suas dúvidas, basta clicar no botão do WhatsApp e marcar uma consulta.
Estaremos te esperando!