A dermoabrasão é um procedimento dermatológico e estético que promove o lixamento superficial da pele para corrigir imperfeições, como cicatrizes, rugas finas, manchas e asperezas.
Utilizada tanto com finalidades estéticas quanto terapêuticas, ela consiste na remoção controlada das camadas mais externas da pele, estimulando a regeneração celular e a produção de colágeno.
Por atuar diretamente na renovação cutânea, a dermoabrasão é bastante indicada para quem deseja melhorar a textura da pele, reduzir marcas profundas de acne, amenizar rugas superficiais e até tratar lesões pré-cancerígenas, como as queratoses.
Trata-se de uma técnica que exige conhecimento técnico e cuidados rigorosos no pós-procedimento para evitar complicações e garantir resultados naturais e seguros.
Neste conteúdo, você vai entender tudo sobre a dermoabrasão.
O que é dermoabrasão?
A dermoabrasão é um procedimento médico que utiliza o atrito mecânico controlado para remover camadas superficiais da pele. Essa abrasão é feita com instrumentos especializados, como lixas cirúrgicas ou aparelhos motorizados com ponteiras rotatórias, e tem como principal objetivo melhorar a qualidade da pele, nivelando irregularidades e estimulando a regeneração dos tecidos.
Como funciona
Durante o procedimento, a pele é levemente lixada, retirando sua epiderme e, em alguns casos, parte da derme superficial. Esse processo provoca microlesões controladas, que ativam a resposta natural de cicatrização do corpo.
É nesse processo que o organismo estimula a produção de colágeno novo, melhorando visivelmente a firmeza, a elasticidade e a uniformidade da pele ao longo das semanas seguintes.
Tipos de anestesia utilizados
- Anestesia local: mais comum em áreas pequenas
- Sedação leve ou geral: indicada em tratamentos extensos, como em toda a face
A escolha do tipo anestésico depende da sensibilidade da região, da tolerância da paciente e da complexidade do procedimento.
Dermoabrasão manual e com aparelho
Existem duas formas principais de executar a dermoabrasão:
- Manual, utilizando lixas cirúrgicas esterilizadas
- Mecânica, por meio de aparelhos de alta rotação, semelhantes a um esmeril
Ambas as técnicas exigem anestesia local e devem ser realizadas por médicos especializados em ambientes adequados, como consultórios com estrutura hospitalar ou centros cirúrgicos ambulatoriais.
Para que serve a dermoabrasão?
A dermoabrasão é indicada para tratar imperfeições cutâneas que afetam a superfície da pele, promovendo resultados visíveis de rejuvenescimento e uniformização. Com isso, há tratamento para:
- Cicatrizes de acne antigas ou profundas
- Rugas finas, especialmente ao redor da boca e olhos
- Manchas superficiais e hiperpigmentações
- Asperezas e textura irregular da pele
- Queratoses actínicas (lesões pré-cancerígenas)
A grande vantagem da dermoabrasão em relação a outros métodos é sua ação profunda e localizada. Ao atingir camadas específicas da pele, ela suaviza rugas e corrige depressões deixadas por cicatrizes, inclusive as causadas por acne, cirurgias anteriores ou pequenos traumas.
Tempo de recuperação cuidados
A pele leva de 7 a 14 dias para formar uma nova camada epitelial, embora a vermelhidão possa persistir por algumas semanas. O resultado final só pode ser plenamente avaliado após cerca de 90 dias, com a estabilização do colágeno e da pigmentação.
Em alguns casos, sessões complementares são indicadas, mas sempre com espaçamento de meses entre elas.
O sucesso da dermoabrasão está diretamente ligado aos cuidados no pós-procedimento. Como a pele estará fragilizada, o paciente deve seguir rigorosamente as orientações médicas para evitar complicações como manchas ou infecções.
Vermelhidão, inchaço e crostas
É comum a formação de crostas, vermelhidão intensa e leve inchaço. Essas reações fazem parte do processo natural de cicatrização e não devem ser manipuladas. A higiene deve ser feita com produtos específicos e movimentos delicados, evitando qualquer atrito.
Uso de protetor solar e higiene adequada
A exposição solar deve ser evitada ao máximo nos primeiros meses. O uso de protetores físicos (com cor) e filtros solares com FPS elevado é essencial. A pele estará vulnerável à hiperpigmentação, especialmente em climas tropicais como o do Brasil.
Além disso, sabonetes neutros, compressas frias e cremes reparadores podem ser prescritos para auxiliar na recuperação.
Outros tratamentos são indicados quando o paciente deseja ter um resultado duradouro, como é o caso do lifting facial.
Riscos e efeitos colaterais possíveis da dermoabrasão
Embora seja um procedimento seguro quando realizado por profissionais experientes, a dermoabrasão possui riscos como qualquer intervenção estética. Entre os efeitos mais comuns estão:
Alterações na pigmentação da pele
Entre as alterações de pigmentação estão a hiperpigmentação, quando ocorre o escurecimento da pele. Isso acontece quando há exposição solar precoce ao indicado. E a hipopigmentação, quando há clareamento das áreas tratadas.
Ambas podem ser minimizadas com uso correto de fotoprotetores e o acompanhamento de um dermatologista ou cirurgião plástico.
Infecções, cicatrizes e poros dilatados
Infecções são raras, mas podem acontecer se a pele não for adequadamente higienizada. Poros dilatados e pequenas espinhas também podem surgir, sendo geralmente temporários.
Há, ainda, a possibilidade de formação de queloides ou cicatrizes hipertróficas em pacientes predispostos, tratáveis com cremes ou injeções de corticoides.
Resultados e quando vale a pena fazer
Os efeitos mais desejados da dermoabrasão aparecem progressivamente, à medida que o colágeno novo se reorganiza na pele. O resultado é uma pele mais lisa, com menos marcas, mais brilho e textura mais uniformes.
Vale a pena considerar o procedimento quando as cicatrizes da acne interferem na autoestima ou quando as rugas comprometem a aparência.
Seu cuidado merece atenção
A dermoabrasão é uma técnica segura para quem deseja melhorar a textura da pele, tratar cicatrizes e amenizar rugas superficiais. Seus efeitos são passageiros, porém duradouros desde que realizados com indicação precisa, por profissionais qualificados e com os cuidados adequados no pós-operatório.
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Revisado por Dr. Flávio Garcia | CRM 104.850
