A flacidez abdominal não afeta apenas a estética. O que muita gente não sabe é que, quando existe indicação médica, a abdominoplastia pode ser realizada gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
No entanto, o processo não é simples nem imediato — envolve critérios, documentos e uma avaliação rigorosa da real necessidade da cirurgia.
Hoje, você vai descobrir quem tem direito, como funciona o processo para conseguir a cirurgia pelo SUS, quais documentos são exigidos e o que esperar da fila de espera, com base nas regras vigentes em 2025.
Quem tem direito à abdominoplastia pelo SUS?
O sistema público só autoriza a cirurgia quando existe uma indicação médica clara e documentada — ou seja, quando o excesso de pele no abdômen afeta a saúde física ou emocional da paciente.
De forma geral, os principais casos que se enquadram no critério de necessidade médica são:
- Mulheres que passaram por grandes perdas de peso, como após cirurgia bariátrica;
- Pacientes que apresentam dores lombares ou dificuldades de locomoção provocadas pelo excesso de pele;
- Casos em que a flacidez gera assaduras constantes, infecções de pele ou problemas de higiene local;
- Pacientes com histórico clínico que comprovem abalo emocional severo, como quadros de depressão ou baixa autoestima relacionados à condição corporal.
Outro ponto importante é que, para ter acesso à cirurgia, a paciente deve estar com o IMC controlado, apresentar exames em dia e demonstrar capacidade de seguir com os cuidados pós-operatórios.
Além disso, o pedido precisa ser encaminhado por um médico da rede pública, com laudos e justificativas que provem a real necessidade do procedimento.
Como conseguir abdominoplastia pelo SUS em 2025?
Como se trata de um procedimento reparador — e não apenas estético —, todo o processo passa por triagem rigorosa para garantir que a cirurgia seja realmente indicada para o caso da paciente.
Veja como funciona o caminho até a aprovação da cirurgia:
- Procure atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS): O primeiro passo é agendar uma consulta com um clínico geral da rede pública. É esse profissional que fará a avaliação inicial e, se necessário, realizará o encaminhamento.
- Avaliação médica especializada: A paciente será avaliada por um cirurgião plástico credenciado pelo SUS. Ele verificará o grau de flacidez, os impactos físicos e emocionais, e analisará se o caso atende aos critérios necessários.
- Entrega de laudos e exames: A paciente deve apresentar laudos médicos, exames e documentos que comprovem a necessidade do procedimento. Quanto mais detalhados forem os registros clínicos, maior a chance de aprovação.
- Inclusão na fila de espera: Caso o procedimento seja autorizado, o nome da paciente será incluído na fila de espera do hospital de referência, de acordo com a prioridade clínica e a disponibilidade da rede.
Quais documentos são exigidos para solicitar a cirurgia?
Os principais documentos exigidos são:
- Cartão do SUS: Documento obrigatório para qualquer atendimento ou solicitação de procedimento pelo sistema público.
- Documento de identidade com foto (RG ou CNH) e CPF;
- Comprovante de residência atualizado, preferencialmente no nome da paciente;
- Encaminhamento médico da UBS: Emitido pelo clínico geral após avaliação inicial, indicando a necessidade de avaliação com cirurgião plástico;
- Laudos médicos e psicológicos, se houver: São fundamentais para reforçar o impacto da flacidez na saúde física ou mental da paciente — como problemas de coluna, infecções recorrentes na pele, ou sintomas emocionais;
- Exames laboratoriais recentes, que comprovem as condições gerais de saúde e o preparo para uma cirurgia;
- Relatórios ou documentos complementares, como fotos clínicas ou histórico de emagrecimento (por exemplo, em caso de pacientes bariátricas).
Abdominoplastia pelo SUS: estética ou necessidade médica?
O SUS não realiza cirurgias plásticas com finalidade exclusivamente estética. A abdominoplastia só é autorizada pelo SUS quando comprovadamente existe uma indicação médica.
Alguns exemplos de situações que justificam a cirurgia pelo SUS são:
- Dermatites, assaduras ou infecções recorrentes na região da dobra abdominal;
- Dificuldade de locomoção, postura ou dores lombares provocadas pelo excesso de pele;
- Abalo emocional ou psicológico, com laudos que indiquem queda severa na autoestima ou sintomas de depressão relacionados à aparência do abdômen;
- Excesso de pele após emagrecimento severo ou cirurgia bariátrica, com prejuízos funcionais evidentes.
Casos em que a motivação principal é “ficar com a barriga lisinha”, remover estrias ou melhorar o contorno do umbigo não são considerados elegíveis pelo SUS — por mais que o desejo seja legítimo e compreensível.
Existe fila de espera para abdominoplastia pelo SUS?
Sim, existe. E, na maioria dos casos, a fila de espera para abdominoplastia pelo SUS é longa — podendo levar meses ou até anos, dependendo da região do país, da disponibilidade da rede hospitalar e da complexidade do caso.
A ordem de chamada não é necessariamente cronológica, já que a prioridade é definida com base em critérios clínicos. Ou seja, casos com risco maior à saúde física ou mental costumam ser atendidos antes.
Enquanto aguarda, a paciente pode ser chamada para reavaliações médicas periódicas, exames atualizados e atualização da documentação.
É importante manter contato com a unidade de saúde e garantir que todos os dados estejam corretos no sistema para não perder a vaga quando o chamado ocorrer.
Sua saúde e autoestima merecem ser levadas a sério!
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