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Dismorfia Corporal: Quando a distorção de imagem vira um problema?

Atualizado em 28/08/2023 17:00

Você já ouviu falar sobre a dismorfia corporal?

Estudos mostram que o transtorno de imagem tem prevalência em 1 a 2% da população geral. Mas, conforme vamos abordar no texto, esse número pode ser bem maior em pacientes estéticos.

Não há nada de errado em realizar cirurgias plásticas, como aumentar os seios ou fazer uma rinoplastia, ou seja, alterar algo que te incomoda.

Até porque, nós sabemos como essas insatisfações com o nosso corpo podem gerar grandes problemas de inseguranças e baixa autoestima.

Mas para quem sofre com a distorção da imagem corporal, a aparência se torna uma verdadeira obsessão, levando muitas pessoas a gastarem horas de seu dia analisando possíveis “defeitos” em sua imagem.

Para que você entenda melhor sobre o que é dismorfofobia, seus sintomas e qual é o tratamento da dismorfia corporal, nós da Dream Plastic, separamos estudos e respondemos questões sobre o chamado TDC.

Esclareça suas dúvidas!

 O que é dismorfia corporal?

O transtorno dismórfico corporal, ou TDC, é uma condição psiquiátrica em que o paciente se enxerga de forma distorcida da realidade. Ele passa a enxergar “deformações” em seu corpo e rosto que ninguém mais vê, de forma obsessiva, sendo chamados de “defeitos imaginários”.

Mulher com transtorno dismórfico corporal se olhando no espelho
Você enxerga defeitos que os outros não vêem?

Esta condição afeta a autoestima da pessoa, fazendo com que ela concentre muito do seu foco em formas de consertar o que enxerga como defeito, como ao fazer inúmeras cirurgias plásticas, e dietas e exercícios ao extremo, o que consequentemente abala as relações sociais, profissionais e familiares.

Em graus mais avançados, o dismorfismo corporal pode desencadear episódios de depressão e ansiedade. Além de ser bem comum encontrar essa condição em pacientes com anorexia nervosa e bulimia.

Qual a diferença entre Dismorfia e Dismorfofobia?

A dismorfia e a dismorfofobia são, em tese, a mesma doença. O TDC foi descrito pela primeira vez em 1886 pelo italiano Enrico Morselli, no qual ele nomeou inicialmente como “dismorfofobia”, derivando do grego “dysmorphia” que significa “feiúra”. Entretanto, o transtorno não deve ser caracterizado pelo medo da feiura como o sufixo “fobia” sugere.

Então, na 3° revisão do Manual  Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), o termo dismorfofobia passou a ser considerado inadequado, visto que a condição não qualifica uma aversão à feiura, mas sim uma doença psicológica.

 O que causa o transtorno dismórfico corporal?

Existem muitos debates sobre o que causa, de fato, a dismorfia corporal. No entanto, algumas características chamam a atenção, como o fato de que, dentre as pessoas que apresentam um quadro de dismorfismo, 8% possuem parentes diretos que tiveram, ou têm, transtorno de imagem. Além disso, também pode ser desencadeado por fatores ambientais, principalmente na juventude.

Menina com transtorno de imagem, segurando uma maça e pensando em uma hambúrguer
O transtorno pode aparecer desde cedo.

Como falado acima, em quadros de disformia é comum o paciente apresentar outros transtornos psicológicos, dentre os mais comuns estão:

  • Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC);
  • Depressão, ansiedade e transtornos de humor;
  • Transtorno de personalidade;
  • Transtornos alimentares;
  • E uso de substâncias.

E, da mesma forma, não é incomum que pacientes destes mesmos transtornos psicológicos apresentem algum grau de dismorfismo.

Contudo, a Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, em um de seus estudos sobre o TDC, apontou que pacientes com o transtorno apresentam desequilíbrio neuroquímico em moléculas de serotonina. Responsável por manter as ideias e pensamentos sob controle.

Em quem a dismorfia corporal é mais comum?

A incidência de dismorfia corporal é mais presente em adolescentes e mulheres. Geralmente, o transtorno de auto imagem se desenvolve em torno dos 16 anos, mas a insatisfação com o corpo pode aparecer por volta dos 9 ou 12 anos.

Há também um grande número de ocorrência em mulheres após a menopausa.

Em questão de gênero, os principais estudos apontam uma incidência levemente maior em mulheres, sendo uma média de 2% a mais de ocorrências de dismorfia em mulheres do que em homens.

As Redes Sociais contribuem para o transtorno de imagem?

As Redes Sociais contribuem para a incidência de dismorfia corporal. Na verdade, o ato mental de comparar seu corpo com o de outras pessoas de forma repetitiva e autocrítica está listado como um dos sintomas do transtorno dismórfico corporal, segundo a 5° revisão do DSM, o que pode ser ainda mais estimulado pelas mídias.

Mulher sentada na mesa, pesquisando no notebook o que é dismorfofobia
As redes sociais podem contribuir para a distorção de imagem.

Em um artigo publicado pelo Psicólogo Giulio Perrotta, onde ele estuda a influência da selfie no TDC, ele aponta a edição da “imagem perfeita” que é postada nas Redes Sociais como algo que pode ser nocivo para pessoas que já possuem algum tipo de psicopatologia como o TOC, transtornos alimentares e o dismorfismo.

Ele ainda disserta sobre como grupos mais vulneráveis, como pré-adolescentes, podem acreditar que se não forem de um “certo jeito”, eles são “feios”. O que, como abordamos acima, já pode se caracterizar como um dos sintomas  de transtorno de imagem.

 Quais são os sintomas da dismorfia corporal?

Existem alguns sintomas da dismorfia corporal comuns em pessoas que apresentam o transtorno dismórfico corporal como, por exemplo, uma obsessão tão grande pela imagem que afeta a vida pessoal e profissional da paciente, a prejudicando de diversas formas.

Dentre os sintomas mais comuns de distorção de imagem estão:

  • Preocupação obsessiva com um ou mais defeitos ou imperfeições físicas, que são muitas vezes imperceptíveis ou não existem.
  • Comportamento obsessivo com a imagem como, por exemplo, olhar demais no espelho, apontar defeitos, se comparar a outras pessoas e arranhar a própria pele.
  • A obsessão causa prejuízo nas áreas sociais e profissionais, pois a pessoa não consegue se concentrar em outros assuntos, não quer sair de casa por vergonha de sua aparência ou até mesmo acredita que está sendo julgado ou zombado pelos outros. 
  • A preocupação não se limita ao peso ou tamanho da pessoa, como seria caracterizado um transtorno alimentar, mas sim varia entre um ou mais aspectos.
Médica conversando com paciente sobre os sintomas da dismorfia corporal
Passar no psicólogo pode ajudar no diagnóstico.

 Como fazer o diagnóstico da dismorfia corporal?

O diagnóstico do dismorfismo corporal deve ser feito por um médico psiquiatra ou por um psicólogo especialista em TDC. Nele, é utilizado o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) e seu tratamento e acompanhamento é iniciado logo após a sua confirmação.

De novo, ressaltamos que, assim como qualquer outro transtorno psicopatológico, deve ser diagnosticado e acompanhado por um profissional da área.

Em geral, é estimado que as pessoas que sofrem com a distorção de imagem corporal levam, em média, cerca de 11 anos para procurar ajuda.

Entretanto, não é incomum que pessoas que possuem a dismorfia sejam notadas por profissionais de outras áreas, como dermatologia e cirurgia plástica. Isso acontece porque esses pacientes, obcecados por suas imagens, tendem a procurar esses profissionais com certa frequência.

Abaixo vamos falar melhor sobre a relação dos pacientes com distorção de imagem e a cirurgia plástica.

 Qual o tratamento para o Transtorno Dismórfico Corporal?

O tratamento da dismorfia corporal mais comum é a Terapia Cognitiva-Comportamental (TCC). As estratégias usadas neste tratamento incluem o automonitoramento dos pensamentos e comportamentos em relação à sua aparência, técnicas cognitivas e exercícios comportamentais, que devem ser adaptados para as particularidades de cada paciente.

Paciente deitada no sofá enquanto faz terapia cognitivo comportamental para transtorno dismórfico
O acompanhamento faz parte do tratamento da dismorfia.

Uma técnica bem comum no tratamento da dismorfia corporal é o monitoramento do tempo gasto na checagem do espelho.

Assim como a aplicação de técnicas e terapia cognitivo comportamental para transtorno dismórfico, que desafiam o pensamento da pessoa sobre sua aparência e exercícios práticos de comportamento, que expõem o paciente a situações desagradáveis para impedir que o mesmo engaje em compulsões.

Cirurgia Plástica no tratamento da Dismorfia Corporal

Em outro estudo da Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, a presença da distorção de imagem em pacientes de cirurgias plásticas foi bem maior do que a média geral.

Lembra que lá no início do texto, apresentamos à você que no público geral, a precedência de dismorfia corporal é de 1 a 2%?

Pois entre os pacientes de cirurgia plástica esse número salta para 12,5%. E em outro estudo, o da Brit et al de 2014, esse número foi ainda maior, chegando a 15%.

Um dos tratamentos mais recomendados para casos leves de distorção de imagem é o da cirurgia plástica. Geralmente, nesses casos, após a paciente “corrigir aquele defeito” há uma melhora no quadro. Mas há um porém.

Os perigos das cirurgias plásticas em pessoas com dismorfia corporal

A cirurgia plástica é ótima, ela pode remodelar seu nariz com a Rinoplastia, aumentar seus seios com a Prótese de Silicone, deixar sua barriga chapada com a Lipoaspiração ou levantar as mamas com a Mastopexia, mas para as pessoas com transtorno dismórfico corporal a realidade pode ser outra.

Isso acontece porque, pela distorção da autoimagem, que é a característica crítica da pessoa com TDC, ela pode cair em um looping eterno de cirurgias e mais cirurgias, até atingir uma “perfeição” que nunca conseguirá alcançar.

Essa dependência pela perfeição que o dismorfismo corporal causa no paciente, faz com que ele nunca esteja satisfeito com sua imagem, e mesmo após realizar a cirurgia em algo que o incomoda, ele continua a encontrar mais e mais defeitos.

É o caso de diversas famosas que gastam rios de dinheiros em procedimentos para alterar mínimos detalhes, como a Donatella Versace.

 A distorção da imagem corporal também afeta celebridades.

Assim como o escritor Franz Kafka, autor de “A Metamorfose”, obra que descreve em detalhes seus sentimentos sobre seu corpo e sua relação com a dita “feiúra imaginária”, muitas celebridades também sofrem com o transtorno de imagem.

Daiana Garbin, mulher de Tiago Leifert, sentada no chão de roupa preta
A jornalista fundou um canal para falar sobre sua dismorfia.

Daiana Garbin

Daiana Garbin é jornalista e youtuber, casada com o apresentador Tiago Leifert. Ela relatou que foi diagnosticada com dismorfia corporal há alguns anos e, a partir daí, fundou seu canal “Eu Vejo” com o intuito de dar voz às pessoas que sofrem com essa doença.

Em entrevista para a revista Boa Forma, Daiana relata: “A insatisfação – na verdade, a raiva – que tenho do meu corpo vem lá da infância. Me lembro do dia em que chorei pela primeira vez por ser a mais gordinha do grupo: foi na aula de balé, aos 5 anos.”.

A jornalista também sofria com anorexia nervosa, que pode ter sido proveniente do seu transtorno dismórfico corporal.

Michael Jackson, que sofria com o transtorno de imagem
O músico sofreu durante anos com a dismorfia.

Michael Jackson

O eterno rei do pop também sofria com a distorção de imagem. Em diversas entrevistas ele chegou a comentar que fazia cirurgias no nariz por sempre achar que ele era muito grande.

Ele chegou a fazer mais de 100 cirurgias, grande parte delas em seu nariz. Foram tantas que, no início dos anos 2000, Michael teve que colocar uma espécie de implante para impedir que fluídos de seu nariz vazassem para a sua boca.

O cantor também sofria com vitiligo, doença dermatológica que afeta as células de melanina e causa a descoloração da pele. Em tese, o vitiligo não possui nenhum outro sintoma além das manchas, mas para alguém que já sofria com o transtorno de imagem parecia um pesadelo.

Michael, então, passou por diversos tratamentos para clarear a derme, com o intuito de igualar a tonalidade da pele. Ele estava tão obcecado com a situação que mantinha um estoque gigante de cremes clareadores em sua casa.

Shawn Mendes, que sofre de dismorfismo, sorrindo em premiação
O cantor falou de seus sentimentos sobre seu corpo após um ensaio para a Calvin Klein.

Shawn Mendes

O cantor de 23 anos comentou que após realizar um ensaio mais sexy para a Calvin Klein, sentiu uma pressão sobre como seu corpo parecia sem as edições de imagem feitas para a campanha.

A disformia causa essa pressão, e uma busca inalcançável pela perfeição de seu corpo.

Sobre o ensaio, após ver o resultado das fotos, o músico relatou: “As pessoas estão lá para fazer você parecer incrível. Mas, realisticamente, você não pode realmente se comparar àquela pessoa da foto – mesmo sendo essa pessoa.”

Sempre priorize sua saúde

Mulher sentada no sofá, com os olhos fechados e sorrindo, livre do dismorfismo corporal
A dismorfia é um assunto sério e que precisa ser falado.

O transtorno dismórfico corporal deve ser tratado com seriedade, em todos os casos. Se você sofre com a distorção de imagem ou conhece alguém que sofra, é importante buscar ajuda profissional. 

Aqui na Dream Plastic, nossos cirurgiões são bem sérios em relação a necessidade de cirurgias plásticas e, caso constatem que o paciente tenha algum grau de dismorfia, são instruídos a indicar um acompanhamento psicológico.

Além do mais, a cirurgia plástica deve ser feita com planejamento, pesquisa e cuidado, para isso, se manter informado é essencial.

Ainda tem dúvidas se a cirurgia plástica é a escolha certa para você? Então clique no botão do WhatsApp e marque uma consulta com um de nossos especialistas, faça uma avaliação e tire todas as suas dúvidas sem compromisso nenhum.

Venha conhecer a clínica mais recomendada entre as mulheres, estaremos te esperando!

Esclareça suas dúvidas!

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