O medicamento para ginecomastia pode ser uma alternativa eficaz em casos iniciais, especialmente quando a condição está em fase de desenvolvimento e ainda não consolidou o tecido mamário.
Embora a cirurgia plástica seja o tratamento definitivo, a intervenção medicamentosa pode reduzir os sintomas e até regredir o aumento das mamas em determinados pacientes.
Neste artigo, você vai entender quais medicamentos podem ser usados, em quais situações eles funcionam, os limites do tratamento clínico e quando é necessário procurar um médico especialista.
O medicamento para a ginecomastia
A medicação para ginecomastia é indicada principalmente quando o aumento das mamas causa dor ou desconforto físico e estético, como em casos de constrangimento psicossocial.
O medicamento mais conhecido e estudado é o tamoxifeno, utilizado originalmente no tratamento de câncer de mama, mas que apresenta eficácia no bloqueio da ação do estrogênio nas células mamárias.
Estudos demonstram que o tamoxifeno tem resultados expressivos na ginecomastia puberal, chegando a até 100% de regressão em adolescentes, e cerca de 78% em adultos em fase inicial.
Importante ressaltar que esses medicamentos de moduladores hormonais possuem algumas contraindicações. E por isso, é fundamental passar por uma avaliação médica prévia, e, assim, evitar riscos à saúde.
Entenda a condição e suas vertentes.
Existem medicamentos que podem causar ginecomastia?
Além dos medicamentos que tratam a ginecomastia, é importante mencionar os medicamentos que causam a condição como efeito colateral.
Entre eles estão:
- Anabolizantes e esteroides androgênicos;
- Antiandrogênicos usados em doenças da próstata;
- Corticoides em uso prolongado;
- Certos antibióticos e antifúngicos;
- Drogas recreativas como maconha e álcool.
O primeiro passo no tratamento é sempre avaliar se o paciente faz uso dessas substâncias, pois a simples suspensão pode reverter o quadro em algumas semanas ou meses. Para isso, é importante passar em um médico especialista.
Qual é a classe de fármacos indicada para o tratamento da ginecomastia?
O tratamento medicamentoso da ginecomastia pode incluir diferentes classes de medicamentos, com graus variados de eficácia.
Andrógenos
- Testosterona: já foi usada no passado, mas apresenta baixa eficácia, pois pode ser convertida em estradiol, piorando a ginecomastia.
- Dihidrotestosterona (DHT): aplicada em forma de gel, apresenta resultados intermediários, com regressão total em cerca de 25% dos casos e parcial em 50%.
- Danazol: um andrógeno fraco que reduz a produção de estrogênio. Estudos mostram regressão em até 40% dos casos, mas efeitos colaterais como acne e edema limitam seu uso.
Inibidores de aromatase
- Bloqueiam a enzima responsável pela conversão da testosterona em estrogênio.
- Substâncias como anastrozol e letrozol reduzem o tamanho da glândula, mas raramente promovem regressão completa.
- São menos eficazes do que os antiestrogênicos.
Antiestrogênicos
- São a classe mais usada no tratamento da ginecomastia.
- Tamoxifeno: considerado o medicamento de escolha, especialmente eficaz na ginecomastia puberal e nos primeiros 12 meses de evolução.
- Clomifeno e raloxifeno: também apresentam resultados positivos. Estudos recentes mostram que o raloxifeno pode ser ainda mais promissor, com melhora significativa em até 91% dos casos avaliados.
O medicamento para Ginecomastia de grau 1
O primeiro grau da ginecomastia é a situação em que os medicamentos apresentam os melhores resultados. Pois esse grau se refere ao aumento discreto, localizado em torno da aréola, sem excesso de pele.
Se diagnosticado cedo, pode regredir totalmente com o uso de tamoxifeno ou raloxifeno, aliado à suspensão de possíveis medicamentos causadores.
Nos graus mais avançados, a eficácia do tratamento clínico diminui, e a cirurgia se torna necessária para obter resultados satisfatórios.
Qual médico trata ginecomastia?
Muitos pacientes ficam em dúvida sobre qual médico trata ginecomastia. Isso depende da fase do tratamento:
- Clínico geral, endocrinologista ou urologista: são os especialistas mais indicados para investigar as causas hormonais e indicar medicamentos.
- Mastologista: pode avaliar casos de ginecomastia associada a alterações mamárias.
- Cirurgião plástico: é o profissional indicado quando a correção cirúrgica se torna necessária, principalmente em casos persistentes ou avançados.
A primeira consulta pode ser com um clínico geral ou endocrinologista, que fará exames para investigar a origem do problema. Caso a ginecomastia esteja em fase inicial, o tratamento medicamentoso poderá ser indicado.
Se a condição tiver mais de 18 meses ou for de grau mais avançado, a recomendação será procurar um cirurgião plástico especializado, que avaliará a necessidade da cirurgia de redução mamária masculina.
Acompanhamento de um médico especializado
O acompanhamento com um médico ginecomastia é essencial para definir a melhor estratégia. Embora existam alternativas medicamentosas, o tempo de evolução e a resposta do paciente ao tratamento variam muito.
É importante lembrar que, em casos persistentes ou em estágios mais avançados, a cirurgia continua sendo a única forma definitiva de correção da ginecomastia.
Caso o medicamento para ginecomastia não funcione…Como saber se a cirurgia é necessária?
Mesmo com o uso de medicamentos, a cirurgia se torna necessária quando:
- A ginecomastia persiste por mais de 18 meses;
- O grau é moderado ou avançado;
- Há excesso de pele associado;
- O impacto psicológico e estético é grande;
- O paciente não responde ao tratamento clínico.
A cirurgia remove o excesso de glândula, gordura e, se necessário, pele, proporcionando um contorno torácico mais definido.
E afinal: Qual é o melhor tratamento de medicamentos para ginecomastia?
O melhor medicamento para ginecomastia é o tamoxifeno, especialmente eficaz nos estágios iniciais e em adolescentes. Outras opções, como raloxifeno, anastrozol e danazol, podem ser consideradas em casos específicos.
No entanto, é essencial iniciar o tratamento rapidamente e sempre com acompanhamento médico, já que após 18 meses de evolução a eficácia medicamentosa cai significativamente.
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Revisado por: Flávio Garcia | CRM: 104.850
